Nome errado

18:09 73 Comments

Parei de escrever quando descobri que o amor não existia
Pelo menos não esses que dizem por ai; de que só acaba quando o outro morria
Só se morresse cedo, ainda no entorno daquele gozo sublime
Que devagarzinho vai se encaminhando para o decline (cego)

Não, não me venha dizer que conheces! Do amor duma mulher?! Dum homem?!
Ele já está morto...
Ou nasceu com o nome errado!
(Alberto Roma)

DO BOOM AO BIT AO BLIP

20:30 26 Comments

A bomba caiu em Hiroxima
E foi o início da canção
Eu já estava meio atrasado na esquina
Esperando para pegar o buzão
Pois bem, depois que a matéria se desintegrou em energia
E esta agora se sublima em informação
Assistimos na sociedade pós-industrial à desmaterialização da economia.

Sendo o mercado um cardápio variado, e não havendo mais regra absoluta,
Cada um escolhe o prato que mais lhe agrada e ninguém sente culpa
Eis a desreferencialização do real e dessubstancialização do sujeito
O que foi processado em bit pode ser fragmentado sem respeito.

A vida, um show podendo ser comprado em payperview
Tendo como protagonistas homens sem ideais, um completo vazio
Morte em vida, Nietzsche diria
O indivíduo pós-moderno consumindo sua própria carne no fast-food da [tecnociência.

Pátria, heróis e mitos servem de muito pouco num tempo programado
O pesadelo nuclear e as crises econômicas,são o terreno armado
Um clima apocalíptico, de fim da História soa como últimos versos de uma canção
O ônibus para, e é hora de descer na estação.
B.C.

Dia triste

19:28 1 Comments

Dói muito, cara! – diz ele.

Respondi meio sem jeito naquele velório:
-Não tenho dúvida que a pior dor é a da alma.
Alguns dizem que para essa dor passar, o melhor remédio é o tempo!
Eu aconselho também uma consulta médica.

Então ele com a cara estarrecida me perguntou:
-Médico curador de almas?!
Respondi: -Isso mesmo!

Melhor Amiga (de Breno Castro e Renan Neves)

13:47 57 Comments

Quem foi que falou, que eu não tinha motivos pra chorar?
Deixei a vida me levar.
E esse caminho onde vai parar?
Peguei meu violão, toquei uma canção pra te lembrar.
Mas foi só ilusão, perdi minha alegria pra cantar.
E eu vou seguindo a minha vida
Só tenho a minha viola pra me consolar.
E a cada chegada e despedida
Uma nova canção eu vou levar.

Nos olhos de um novo amor, uma nova canção pude encontrar
Mas era uma historia já cantada.
O destino era carta marcada.

E cada chegada e despedida
uma nova canção eu vou levar.
E vou seguindo a minha vida.
Só tenho a viola pra me consolar.
Só tenho a viola pra me consolar.
só tenho minha viola pra chorar.

Sem preço

20:39 0 Comments

A vida não coisa de vitrine
Nem passarela
É sublime
E tão bela
Para quem não tenta mostrar sua importância mendigando atenção
Com medo de passar despercebido em meio à multidão

A vida não é coisa vitrine, nem lugar de competição
A carência, menina triste, mendigando o pão
Tenta exibir seus atributos em meio a confusão


A vida não é coisa de vitrine
Nem passarela
Não é palco,
Não é teatro
Nem novela

A vida não é coisa de vitrine para exposição
esperando a etiqueta do preço
ou alguém para lhe dar atenção

“João”

20:55 0 Comments

Entrei em várias portas buscando a verdade
Trilhei vários caminhos para encontrar-me contigo
Tentei em vão saciar minha sede em muitos cálices
Busquei a chave para me libertar das correntes do meu eu
Preenchi o enorme vazio da minha alma com coisas pequenas

E para que causa trabalhavam minhas mãos e escorria meu suor?!
E onde se achava paz, se tinha mais insatisfação?!
E para onde olhar quando se era menor perante o medo?!
E o que fazer para ter uma tarde de sossego?!
E como acalmar meu coração nos dias de dor?!

Entrei em várias portas buscando a verdade para salvação da terra desolada
Procurando pastagem na hora ingrata
E percorri muitos caminhos até te achar
Foi tal João que falou o que disseste na terra prometida
Quem entrasse por ti teria a vida feita e abastecida

Não era fome de pão que tinha, pra te procurar
Era medo do sofrimento que fazia te buscar
Entrei em várias portas buscando pastagem
Foi um tal João que falou que quando te achasse, acabaria a minha viagem.

B.C.

Perfeição

16:18 0 Comments

Num desses dias onde tudo parece enfadonho
Longe vejo um triste rosto
encontrado apenas em meu sonho
Como a luz divina os olhos contempla
Foi a imagem dessa mulher a minha fronte

Desejo de tê-la
não pude conter-me
Mas quando se acha a perfeição de uma obra
Tão logo se aproxima
E se torna incompleta, imperfeita

Onde encontrar a perfeição?
No divino intelecto?
Na arte maior o criador criou algo perfeito?

Na embriaguez de um copo encontro a felicidade efêmera
Soluções para entraves inconstantes
O que fazer e o que falar
Sem dúvida algo duvidoso

Buscar o que não se sabe
A vida, a liberdade
O amor e a saudade

Num desses dias onde tudo parece enfadonho
Eu busco a mudança
Quero sair por aquela porta do monótono
E encontrar algo que possa me motivar
Algo novo para que a vida se torne mais feliz
(Alberto Roma)